sábado, 3 de julho de 2010

A nossa música nunca mais tocou ♫

Dia: 18.06.2010
São quase duas horas da manhã e já tem um galo cantando e eu ainda nem dormi. Tudo bem que esse galo está um tanto quanto adiantado. As coisas andam mesmo fora do lugar e isso tem me deixado aflita. Já faz algum tempo e infelizmente ou quem sabe felizmente a responsabilidade é toda minha. (Coisa que nunca tive). E então antes mesmo de te conhecer eu optei por fazer o vestibular para outra cidade e curiosamente, mesmo sem levar à sério eu passei no vestibular, ótimo, motivo de comemorações. Perfeito seria se, enquanto eu tivesse aguardando o resultado, você não tivesse mudado todo o rumo sentimental da minha vida. Então mesmo sem querer você mexeu comigo e foi querendo que eu e envolvi, foi querendo que eu te beijei em pleno carnaval, foi querendo que eu decidi ficar só com você o carnaval inteiro, a semana inteira no curso, o mês inteiro, só com você, e foi assim que eu me apaixonei. Antes tudo que eu mais queria era passar no bendito vestibular, ir morar sozinha, longe de casa, minha independência e de repente tudo mudou. Foi aceitando a minha aprovação no vestibular e aceitando a mudança que ocorreria completamente na minha vida que a gente se perdeu. Desde então a saudade faz morada em minha vida. Saudade de tudo, até das coisas mais banais, até das coisas que me irritavam, das coisas faladas e que talvez nem sejam lembradas por você, das bobeiras, dos momentos à dois, das pirraças e deixo claro que não eram poucas, dos sorrisos sem graças, dos abraços apertados, das troca de olhares no meio da aula, das implicâncias, das músicas que mandava, das mensagens recebidas, de te chamar de mô, de ser sua boneca, sua linda, sua princesa, de ser sua. Seria sua. Me entregaria de corpo, coração e suspiros. Desejaria todo dia você, só você, seu corpo, suas mãos, seu toque, seu jeito, seu todo. E aí, eu penso, se eu tivesse me dado mais, será que você teria me esquecido tão rápido assim? Será que me arrependeria? Será? O destino quem quis assim. Deus que guia esse destino me responde, ou pelo menos apague essas dúvidas de mim se não podes me responder. Porque eu já não suporto mais de saudade, me pego lendo e relendo as mensagens antigas do celular, escutando as mesmas músicas sem tirar do replay, elas tocam incessantemente na minha cabeça. Alguém desligue esse rádio, por favor? Mas na verdade não há nada ligado, a realidade é que só há o barulho dos carros, do vento e das ondas bem longe. Então alguém, por favor, me desconecte de você. Peço encarecidamente, já não agüento mais essa bagunça. Prometi mudança, mas só o que mudou foi a cor do esmalte e o horário que acordei. Porque ainda continuo sentindo toda aquela saudade, o mesmo sentimento e a mesma angustia. Preciso de tempo, não pra te esquecer, só pra deslocar você do centro das atenções da minha vida. Porque ter que te esquecer se eu ainda te quero, confesso que te lembrar o tempo todo não tem me feito bem, mas na verdade eu não acho que preciso te esquecer, eu acho que eu preciso de você. Mas chega de você por hoje, já estou bêbada de tantas doses que tomei de você hoje, amanhã sei que farei o mesmo, mas prometo me controlar. Não quero ser dependente de você. Quero que isso tudo passe logo. Parece que cada vez que escrevo me liberto cada vez mais desse sentimento vadio. Já não to escrevendo nada com nada, preciso de cama, agora vou de vez.

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