quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu me visto de saudade do que já não somos nós ♪

Dia 09/06/2010

E agora eu vivo chorando pelos cantos, por tudo que me faz lembrar “nós dois”. É difícil até dizer que infelizmente “nós dois” agora é apenas “eu e você”. Demorarei me acostumar a dizer que então já não somos nós. Porque de repente eu percebi que era você que me fazia viver mais feliz todos os dias. Com seu jeito único, marrento toda vida, eu deixa transparecer até nos seu modo de andar. Com todas suas pirraças, que nunca dava o braço a torcer. Com sua timidez que só se fazia presente nas horas de apresentar os trabalhos na frente da turma. Com a sua maneira de demonstrar até que gostava de mim ou pelo menos de estar comigo. E eu queria cobrar mais, mesmo sem te dizer, sempre achava pouco. Hoje eu acho que era na medida certa, talvez porque era melhor ter o teu pouco demonstrar, o teu pouco gostar, o teu pouco pra mim, do que não ter nada. Mas é só quando a gente perde e sente saudade que valorizamos o que não temos mais. Hoje a falta que você tem feito é imensa, a vontade que tenho de ligar e te contar tudo isso é maior ainda, só não sei dizer se essa imensidão é proporcional quando se trata do tamanho da decepção de ver aquela cena de domingo. Doeu perceber que você me ignorava aos poucos, sentir que você já não me procurava mais. Não era preciso ter um sexto sentido muito aguçado pra perceber que você havia mudado e não sentia mais vontade de me ver. Doeu muito mais ver você beijar, abraçar e passar com outra na minha frente. Acho que a minha dor parecia doer mais por saber que seus sorrisos, seus abraços, suas besteiras, as pequenas coisas, os mínimos detalhes não me pertenciam mais. Já não mais pertenciam antes, mas foi só desse jeito que ficou perceptível pra mim. E então quase morri de ciúmes e vontade de te matar. Me enchi de dúvidas, as perguntas ecoavam na minha cabeça, pareciam gritar, uma pergunta ecoava mais alta que a outra. E porque passar justo na minha frente? Porque tamanha crueldade? Afinal você sabia dos meus sentimentos. Sabe o que mais dói agora? Saber que essas palavras nunca chegarão até você, até porque seria encher demais seu ego, chegar ao seu conhecimento que me entristeci, me culpei e chorei até soluçar e o ar quase faltar. Não é exagero. Ta bom que eu choro a toa,mas esse era um choro doído, até agora dói lembrar, mas prometi não chorar mais. Não quero chorar por você, não vale a pena. Conclusão que cheguei sozinha, apesar de muitas pessoas falarem o mesmo. Porque tudo isso? Se você nem é e nem nunca vai ser o melhor homem do mundo, era isso que eu deveria pensar enquanto chorava e soluçava. No momento foi mais fácil me responsabilizar e achar que a culpa era toda minha. Mas agora que você ache que eu estou muito bem, que estive bem esse tempo todo e que isso tudo nunca aconteceu. E nem passe essa hipótese pela sua cabeça. Melhor para todos nós. E nesse momento a única coisa que de certa forma eu queria era que você se sentisse mal por saber o tamanho da dor que me atinge em todos os momentos que lembro que esse foi o “nosso fim”, sem um começo exato e um final dramático e doloroso apenas pra mim. Porque você me pareceu bem feliz ao desfilar com seu novo troféu. Então “terminamos” sem nenhuma conversa, sem nenhum adeus. Com minha única certeza de que o “nós não existe mais, somos apenas eu (separado de) e você. Morro de saudades. Então esse é o meu adeus.

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